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Cúrcuma (Açafrão Amarelo) 500 mg 60 cap

R$30,00

Os curcuminoides, dos quais a curcumina é a principal representante, são os responsáveis pela coloração amarelada dos rizomas da planta, e provavelmente os maiores responsáveis pela atividade biológica. A curcumina é uma das moléculas mais estudadas atualmente, e possui ampla variedade de atividades biológicas (Chattopadhyay et al., 2004; Srivastava e Mehta, 2009). Sua atividade antiinflamatória ocorre por dois mecanismos diferentes: inibição da ativação do fator nuclear kappa-B (mesmo mecanismo dos corticosteroides), inibição da ciclooxigenase 2 (COX-2) e da lipo-oxigenase (mesmo mecanismo dos anti-inflamatórios não-esteroidais), inibição da enzima óxido nítrico sintetase induzível (iNOS), inibição da produção de citocinas inflamatórias TNF-alfa, IL-1, IL-2, IL-6, IL-8 e IL-12, inibição da proteína quimioatrativa de monócitos (MCP), entre outros (Chattopadhyay et al., 2004; Jagetia e Aggarwal, 2007; Jurenka, 2009).

ESPÉCIE: Curcuma longa L.
SINONÍMIA BOTÂNICA: Amomum curcuma Jacq, Curcuma domestica Valeton,
Stissera curcuma Raeusch.
FAMÍLIA: Zingiberaceae.
NOMES REGIONAIS: Açafrão-da-terra, falso açafrão, cúrcuma e açafroa.

HISTÓRICO: Planta originária da Índia e Sudeste Asiático, foi trazida para o Brasil há mais de 3 séculos, sendo amplamente cultivada para finalidade alimentar ou condimentar. Na época do Brasil colônia, os bandeirantes saíam à procura de pedras preciosas
pelos rincões brasileiros e para demarcar as regiões já garimpadas plantavam alguns rizomas de cúrcuma. Assim, esta planta se difundiu por várias regiões do interior brasileiro, sendo intensivamente utilizada pelos índios como medicamento,
para pintar a pele e como corante de alimento.
PARTE UTILIZADA: Rizomas.

CONSTITUINTES QUÍMICOS:
• Curcuminoides ou corantes: curcuminas I e III, dicafeilmetano, dihidrocurcumina, desmetoxi-curcumina, caferuilmetano,  carotenoides e ciclocurcumina;
• Óleos essenciais: cineol, borneol, limoneno, d-sabineno, ácido caprílico, eugenol, curcumenol, felandreno, curcumenona, linalol, zingibereno, bisabolano, guayano, germacrano e alfa-atlantona;
• Lactonas sesquiterpênicas turmerona e arturmerona;Farmácia da Natureza • Saponinas;
• Vitaminas: carotenoides, tiamina, riboflavina, niacina e vitamina C.

TROPISMO: Sistema imunológico, circulatório e endócrino.

PRINCIPAIS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Processos inflamatórios e alérgicos em geral, doença coronariana, hipertensão arterial, miocardiopatia hipertrófica, aterosclerose e dislipidemias.

AÇÕES TERAPÊUTICAS:
• Geral: anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica, antioxidante e
antialérgica.
• Pele e anexos: anti-inflamatória, antialérgica e cicatrizante.
• Sistema cardiocirculatório: antitrombótica, antiagregante plaquetária,
discretamente hipotensora, hipolipemiante, revine e atenua isquemia, necrose
e hipertrofia miocárdica, e mantém a homeostase do cálcio.
• Sistema digestório: colerética e colagoga, eupéptica, hepatoprotetora,
carminativa, antiespasmódica e anti-inflamatória do cólon.
• Sistema endócrino: hipoglicemiante no diabetes tipo II.
• Sistema imunológico: imunomoduladora e antialérgica.
• Sistema osteoarticular: anti-inflamatória.
• Sistema reprodutor: emenagoga e analgésica nas dismenorreias.
• Sistema respiratório: anti-inflamatória e antialérgica.

COMENTÁRIOS:
Os curcuminoides, dos quais a curcumina é a principal representante, são os responsáveis pela coloração amarelada dos rizomas da planta, e provavelmente os maiores responsáveis pela atividade biológica. A curcumina é uma das moléculas mais estudadas atualmente, e possui ampla variedade de atividades biológicas (Chattopadhyay et al., 2004; Srivastava e Mehta, 2009). Sua atividade antiinflamatória ocorre por dois mecanismos diferentes: inibição da ativação do fator nuclear kappa-B (mesmo mecanismo dos corticosteroides), inibição da ciclooxigenase 2 (COX-2) e da lipo-oxigenase (mesmo mecanismo dos anti-inflamatórios não-esteroidais), inibição da enzima óxido nítrico sintetase induzível (iNOS), inibição da produção de citocinas inflamatórias TNF-alfa, IL-1, IL-2, IL-6, IL-8 e IL-12, inibição da proteína quimioatrativa de monócitos (MCP), entre outros (Chattopadhyay et al., 2004; Jagetia e Aggarwal, 2007; Jurenka, 2009).

Estudos em animais e humanos mostram que a absorção da curcumina é baixa, devido à sua baixa solubilidade em água, e seu metabolismo, no fígado, também é rápido, resultando em baixa biodisponibilidade (Jurenka, 2009). A administração concomitante com piperina, um composto extraído da pimenta-doreino (Piper nigrum), aumenta em até 20 vezes a biodisponibilidade da curcumina. Existe também um produto comercial (Meriva®) que contém curcumina ligada à fosfatidilcolina, o que aumenta a biodisponibilidade da curcumina por integrar-se mais facilmente às membranas plasmáticas. Um outro extrato padronizado,
chamado BCM-95®, possui absorção de 96% da curcumina, atingindo concentrações plasmáticas terapêuticas mais rapidamente e mantendo essas concentrações por mais tempo. Os pesquisadores conseguiram este efeito usando uma estratégia simples: “voltando às raízes.” Ao invés de focar na purificação da curcumina, os eles reincorporaram no extrato compostos originalmente presentes
nos rizomas da C. longa, que são removidos durante os processos de extração e purificação. Em suma, o aumento da biodisponibilidade se dá devido ao sinergismoFarmácia da Natureza inerente dos compostos naturais presentes nos rizomas da C. longa (Kiefer, 2007). Este é o efeito do fitocomplexo.

In vitro, a curcumina inibe a expressão da proteína p300, atenuando o remodelamento miocárdico secundário a HAS (Morimoto et al., 2010). Em modelos animais, a curcumina protege as células do endotélio vascular de agressões inflamatórias, melhora a homeostase do cálcio dentro do miocárdio, protege o miocárdio de lesão induzida pelo isoproterenol (modelo de IAM), atenua as lesões miocárdicas de isquemia-reperfusão (modelo de IAM e de cirurgia cardíaca), protege o miocárdio de lesões causadas pela adriamicina, e previne o remodelamento miocárdico em modelos de HAS (Srivastava e Mehta, 2009; Wongcharoen e Phrommintikul, 2009).
Em adultos submetidos a cirurgia de revascularização miocárdica, a administração de um extrato rico em curcuminoides levou a redução da incidência de  IAM de 30% para 13,1% (HR 0,35, IC95% 0,13–0,95, p=0,038), além de redução dos níveis de proteína C reativa, malondialdeído e NT-proBNP (Wongcharoen et al., 2012).

Em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, a ingestão de um extrato de curcuminoides, comparado com placebo, levou a redução significativa da leptina, da resistência arterial, dos triglicerídeos, da gordura visceral, da gordura corporal total e da circunferência abdominal, e ao mesmo tempo levou a aumento significativo da adiponectina (Chuengsamarn et al., 2014).

MODO DE USAR:
• Droga vegetal – Uso oral: 1 cápsula de 350–400 mg ou 1 colher de café do pó, 1–2 x/dia (Pereira et al., 2014) ou 1,5–3,0 g por dia (Micromedex [Internet], 2017a).
o Uso pediátrico: 1 colher de café do pó, na comida, em 1–3 x/dia.
• Decocção – Uso oral: 1,5 g em 150 mL, 2 x/dia (BRASIL, 2011); ou 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
o Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, em 2–3 x/dia (Pereira et al., 2017a).
• Tintura – Uso oral: 0,1–1,5 mL (como antidispéptico) ou 1–3 mL (como antiinflamatório), 3 x/dia (BRASIL, 2018); ou 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia  (Pereira et al., 2014).
o Uso pediátrico: 1–3 gotas/kg/dia, em 1–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Pomada, creme ou gel – Uso tópico: aplicar na área afetada, 2–3 x/dia (Pereira et al., 2014).
• Extrato fluido – Uso oral: 10–30 gotas, 3 x/dia (Micromedex [Internet], 2017a).
o Uso pediátrico: 0,1–0,3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia.
• Extrato seco – Uso oral: 80–160 mg/dia (extrato etanólico 13-25:1 com etanol a 96%), em 2–4 x/dia, ou 100–120 mg/dia (extrato etanólico 5,5-6,5:1 com etanol a 50%), em 2 x/dia (BRASIL, 2018).
• Extrato seco etílico (75 a 85% de curcuminoides) – Uso oral: 1 cápsula de 670 mg, 3 x/dia após as refeições (BRASIL, 2018).

ADVERTÊNCIAS:
Suspender o uso se houver alguma reação indesejável. Não é recomendado para gestantes e lactantes.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Incompatível com Aconitum spp. Evitar uso concomitante com anticoagulantes e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de sangramentos. Pode diminuir a ação de imunossupressores, quando usados concomitantemente.Farmácia da Natureza. Nos casos de sinusite, associar com batata infalível (Mandevilla velutina). Nos casos de rinites, associar com sabugueiro (Sambuccus spp), eucalipto (Eucalyptus globulus) e guaco (Mikania laevigata).

EFEITOS COLATERAIS E TOXICIDADE:
Não usar em crianças menores que dois anos, exceto na forma diluída. Potencializa efeito dos anticoagulantes, e pode provocar hemorragias em doses elevadas. Contraindicado nos casos de obstrução das vias biliares e doenças hemorrágicas. Em doses elevadas pode aumentar a secreção gástrica e agravar quadros de doença péptica.

Weight 100 g
Dimensions 6 × 6 × 10 cm

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